30.9.09

Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender...

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender. Tenho visto muito amor por aí, Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva, mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito. Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras. Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebeu ameaçados apenas e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor. Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reinvindicar, de exigir justiça...

2 comentários:

  1. Puxa, que reflexão profunda sobre
    o amor de parceria!
    Estou aqui pensando se este impulso
    também não tem a ver com uma super
    idealização e exigência.
    O amor imaturo nos conduz a dolorosos
    círculos viciosos. É triste!
    Vamos aproveitar o ensejo libriano para
    enfrentarmos nosso desejo de proximidade
    com o outro, tão distinto, tão igual
    a nós no medo de amar.
    Parabéns pelo post

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  2. Gosto desse texto justamente porque ele nos convida a NÃO reflexão, a NÃO razão diante do amor. Ele quer dizer que o lance é simplesmente amar. Sem pensar, sem julgar, sem temer, sem esperar... apenas ser o amor. Valeu pelo comentário!!! Legal o seu feedback.

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